Eis o que sabemos sobre campanhas de mídia: toda a inteligência gerada até aqui será fundamental para que você faça mais, gastando menos. Ou seja, obtenha melhor performance dos criativos, com o menor investimento possível. Isso se chama otimização orientada por dados.
De tudo que falamos até aqui, o trabalho de mídia é aquele em que a matemática aparece de forma mais clara. Aqui, tudo é preto no branco, e, mais do que nunca, se você errar a mão, vai literalmente jogar dinheiro fora. Não apenas o tempo, a energia e as expectativas, mas jogar dinheiro fora de verdade.
Cada anúncio mal direcionado, cada clique não previsto, cada conjunto de impressões destinado ao público incorreto, representa dinheiro saindo da sua conta e indo pelo ralo. Simples assim.
O profissional à frente desta tarefa deve trazer na bagagem uma mistura de conhecimento técnico, raciocínio analítico, compreensão das plataformas e uma sensibilidade enorme para o pensamento estratégico. O que está em jogo ali é a materialização de tudo que você fez organicamente, só que em maior escala. E aqui, temos o controle do processo. O trabalho bem feito, traz resultado, o trabalho mal feito, te coloca no chão.
Este profissional vai, em conjunto com a equipe de estratégia, inteligência, conteúdo e outros tantos envolvidos, liderar a definição de KPIs, que são métricas-chave, rastreáveis e passíveis de acompanhamento, que ajudarão a definir o que funciona e o que não funciona.
Esta é a pessoa a se dedicar exclusivamente à conectar o raciocínio estratégico ao trabalho tático, operacional, que envolve a configuração das campanhas nas plataformas, realização de teste A/B e outros testes com variáveis múltiplas, e que, ao final de tudo, é quem estará com a chave de fenda na mão apertando cada parafuso para fazer sua verba render mais e os conteúdos chegarem a mais pessoas, e às pessoas certas.
Mas pera: quem disse que terei que investir em mídia?
Ah, meu amigo, minha amiga, se você acha que vai entrar nesse jogo sem coçar o bolso, respira fundo, começa tudo de novo, do primeiro parágrafo, para ter tempo de mudar de ideia.
A não ser você seja uma grande celebridade, tenha milhares ou milhões de seguidores ativos e dialogando de verdade nos seus canais, você vai ter que ralar muito para construir uma presença relevante na Rede. E sem investir em mídia, vai chegar ao final das eleições com a sensação de estar falando sozinho. Pior, já vi casos em que, na hora da verdade, a quantidade de seguidores até diminuiu. Sério.
Não adianta se apegar aos seguidores acumulados ao longo dos anos, mesmo que tenha adquirido cada um deles com o suor do seu trabalho, com a criatividade dos seus belos conteúdos e não tenha comprado um like sequer (sim, muita gente andou fazendo isso nos primórdios da Rede).
Se essa gente toda não estiver verdadeiramente engajada em seu conteúdo, comentando e compartilhando fortemente, interagindo com você e entre si, sinto te informar: seus números não valem nada e não vão fazer nada pelo seu projeto.
Não é novidade alguma que a distribuição orgânica do conteúdo vem minguando a cada dia nas plataformas. Esse movimento já é realidade no Facebook e tem se tornado cada vez mais intenso no Instagram. No Twitter, que é mundo à parte, e um universo bem particular, você não vai chegar aos milhões de usuários tão cedo. Muito menos organicamente.
Então, tudo isso é para te dizer que o jogo agora se chama dinheiro e, mais uma vez, é um jogo que não pode ser jogado em cima da hora, quando o clique estará mais caro, a atenção do usuário mais disputada, os espaços mais poluídos, às mentes mais fechadas, as decisões mais polarizadas e, cá para nós, as pessoas estarão bem menos disponíveis.
O que fazer agora, diante de tudo isso?
Comece a trabalhar. Construa sua base agora, engaje as pessoas agora, comece a testar seus conteúdos imediatamente. Quando muita gente estiver quebrando a cabeça sem saber por onde começar, você já estará muitas casas à frente, consciente sobre o que dá certo e o que não funciona. E para isso você nem precisa investir um volume estratosférico de dinheiro. Basta saber o que quer, empregar inteligência, escolher um profissional competente e colocar a mão na massa.
Se não fizer isso agora, vai se arrepender depois.
Por Mariana Lélis e Thiago Ribeiro
Vamos debater?
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